A empresa usa solução da Cisco de trabalho remoto e utiliza recursos de videoconferência para colaborar, comercializar, treinar e realizar reuniões. Além disso, compartilham documentos em ambiente de colaboração, discutem estratégias e mostram propostas aos clientes. “Tudo isso sem custos de manutenção de uma infraestrutura de escritório ou mesmo de deslocamento”, diz o diretor da companhia, Jorge Aldrovandi.
O exemplo da BabelTeam ainda não é muito seguido pelas empresas, como mostra reportagem de Computerworld. Além de questões relacionadas a RH, falta conhecimento, por parte do mercado, sobre o que a tecnologia oferece, em termos de colaboração e uso de infraestrutura.
As empresas de maior porte que lideram a adoção dessas tecnologias são os próprios fornecedores. Na Orange, por exemplo, cerca de 90% dos funcionários trabalham remotamente. E para alcançar a complexa rede da empresa e manter contato com seus pares, basta que os funcionários contem com uma conexão internet em casa ou em hotspots de acesso à internet.
A conexão à rede é feita por meio de uma conexão privada, graças a um concentrador instalado na infraestrutura da empresa. O acesso é atualizado por dispositivos de segurança chamados tokens e, uma vez dentro da rede, os funcionários acessam qualquer dispositivo interno, de acordo com suas permissões no diretório de usuários.
“Desde 2005 a rede tem essa política de trabalho remoto no Brasil, que é global, e os resultados são muito bons no que diz respeito à qualidade da produção”, afirma Wagner Bernardes, gerente de consultoria e integração da companhia.
A Cisco, também fornecedora e usuária de soluções de trabalho remoto, é reconhecida por contar com funcionários espalhados geograficamente. Na empresa, os funcionários possuem ramais que funcionam diretamente no computador ou que são desviados para um telefone celular. Na mesma interface de software, os funcionários têm acesso à rede, a arquivos de colaboração, videoconferência, e-mail e mensageria. O software utilizado é o WebEx, também oferecido como serviço para o mercado.
Segundo o diretor de novas tecnologias Cisco, Marcelo Leite, as soluções são bastante acessíveis às pequenas empresas e podem custar a partir de 100 reais por usuário. “É um valor interessante se levar em consideração os gastos que as companhias têm para manter um posto de trabalho”, argumenta.
E a conta não leva em consideração os impactos ambientais: o simples fato de se deslocar para trabalhar em escritórios distantes de casa ou realizar reuniões causam impacto no meio ambiente. O site http://www.seegreennow.com/, mantido pela Tandberg, oferece uma calculadora para que se calcule quanto cada viagem gera em emissões de carbono. Além disso, em uma cidade como São Paulo, com trânsito intenso, o trabalho remoto pode se mostrar uma boa opção para ganhar tempo.
O que a empresa precisa ter para manter estrutura remota?
- Servidor de autenticação do usuário;
- Concentrador para receber solicitações de conexões privadas (VPN);
- Prover uma forma de que o usuário forneça credenciais eletrônicas, como senhas de tokens;
- O custo da solução é variável.
Cuidados
Embora seja o sonho de muitos profissionais, o trabalho remoto traz suas desvantagens. Uma delas é que nunca é possível saber ao certo se as informações da empresa estão 100% seguras. Apesar de possuir diversos meios para autenticação, o simples fato de trabalhar em local público pode colocar informações em risco.
O outro, mais relacionado a recursos humanos, é a falta de contato com colegas, o que pode prejudicar o desenvolvimento de habilidades pessoais ou deixar profissionais descontentes. "Mesmo que haja política de trabalho remoto, é importante criar condições de contatos pessoais, mantendo um escritório físico", alerta Bernardes.
Autor: Rodrigo Afonso
Fonte: Revista INCorporativa - http://www.incorporativa.com.br/mostranews.php?id=3470
Nenhum comentário:
Postar um comentário